O governo do Rio Grande do Sul anunciou um incentivo de R$ 7,2 milhões para apoiar o acolhimento de cães e gatos resgatados durante as enchentes ocorridas em maio. Porto Alegre será uma das cidades beneficiadas pelo programa, após a prefeitura manifestar interesse no recurso. Além da Capital, Canoas também indicou intenção de receber o auxílio.
A iniciativa, liderada pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), vai destinar R$ 188 por mês para cada animal em abrigos ou lares temporários. O valor será distribuído por seis meses, com possibilidade de prorrogação por mais seis meses. A Capital agora passará por um processo em etapas, que inclui o cadastro dos animais e a elaboração de um plano de trabalho com os locais onde os pets estão sendo abrigados. Embora ainda não haja uma estimativa oficial sobre o montante que Porto Alegre receberá, o processo de cadastramento dos animais deve ser concluído em 15 dias.
Verba para animais resgatados
O valor total de R$ 7,2 milhões será destinado ao cuidado dos animais, com R$ 5,6 milhões voltados para a compra de insumos ou repasses para ONGs, enquanto R$ 1,6 milhão será destinado à castração de cães e gatos ao longo de um ano. O governo exige que as prefeituras façam a prestação de contas dos recursos e realizem, no mínimo, duas feiras de adoção por mês.
Além de Porto Alegre e Canoas, outros 12 municípios do estado são elegíveis para receber o auxílio. Até o momento, apenas essas duas cidades manifestaram interesse. O painel oficial do governo aponta que, no total, há 3,6 mil animais em abrigos no Rio Grande do Sul, sendo mais de 80% deles cachorros.
Municípios aptos a receber a verba
As cidades que possuem abrigos de animais registrados e estão aptas a receber a verba incluem:
- Araricá
- Cachoeirinha
- Canoas
- Caxias do Sul
- Dois Irmãos
- Eldorado do Sul
- Estância Velha
- Garibaldi
- Gravataí
- Nova Hartz
- Novo Hamburgo
- Porto Alegre
- São Leopoldo
- Viamão
Como funcionará o auxílio
O apoio financeiro terá como foco garantir o bem-estar dos animais em abrigos e lares temporários, proporcionando alimentação e cuidados médicos. Os recursos serão distribuídos com base na quantidade de animais abrigados em cada município. Além disso, as prefeituras poderão complementar o valor com recursos próprios, conforme necessário.
A medida visa dar suporte às cidades que enfrentam desafios na recuperação de seus abrigos e centros de controle de zoonoses após os desastres naturais, e ao mesmo tempo incentivar a adoção e a castração de cães e gatos, ajudando a reduzir a população de animais em situação de rua.
Com a verba e o comprometimento das cidades envolvidas, espera-se que a iniciativa tenha um impacto positivo, tanto na proteção dos animais quanto na promoção de uma maior conscientização sobre a importância da adoção responsável e do controle populacional dos pets.